Entenda o Câncer de Próstata
O câncer de próstata é o tumor mais comum entre homens com mais de 50 anos. Segundo estudos internacionais, 1 em cada 6 homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer da vida e 1 em cada 35 morrerá da doença. Essa doença é responsável por 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes homens, ficando atrás dos tumores de pulmão e intestino.
A incidência do câncer de próstata vinha aumentando até meados dos anos 90, depois deste período, estabilizou-se. O aumento de casos observados nos últimos 20 anos deveu-se. Em boa parte, ao maior acesso aos métodos de diagnóstico precoce: toque retal, ultrassonografia da próstata e checagem do PSA (antígeno prostático específico), marcador tumoral detectado em um exame de sangue.
- A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que produz nutrientes e fluidos que constituem o esperma.
- Está situada logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Por seu interior, passa a uretra.
Os fatores de risco incluem:
- Idade avançada (a partir de 50 anos):
Portanto é recomendável que homens sem risco maior de desenvolver câncer de próstata devam começar a fazer os exames de rotina com o médico urologista aos 50 anos.
- Raça e histórico familiar da doença:
Preconiza-se que descendentes de negros ou homens com parentes de primeiro grau portadores de câncer de próstata antes dos 65 anos apresentem risco mais elevado de desenvolver a doença; portanto, devem começar a fazer os exames com o médico urologista aos 45 anos.
Hábitos alimentares, como dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas, sedentarismo e excesso de peso são ainda controversos para a configuração de riscos dessa doença.
Optar por uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são recomendações importantes.
O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Homens com níveis de PSA abaixo de 2,5ng/ml devem repetir o exame anualmente. É importante ressaltar que resultados de PSA e toque retal alterados são relativamente comuns, mas não são suficientes para estabelecer o diagnóstico de câncer de próstata; para confirmá-lo é indispensável uma avaliação médica detalhada e criteriosa.
Caso sejam constatados nódulos na glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se este é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames de imagem para determinar o tamanho e a presença ou não de metástases.
O câncer de próstata se instala geralmente em uma área posterior da glândula; à medida que cresce, vai ocupando gradativamente os lobos direito e esquerdo da próstata. Nas fases mais avançadas, invade por continuidade a cápsula que reveste o órgão, para depois chegar aos tecidos ao seu redor, incluindo as vesículas seminais.
Em tumores mais volumosos, o paciente sente dificuldade para urinar, ardor e jato urinário fraco, acorda à noite várias vezes para urinar, apresenta gotejamento de urina após completar a micção e, mais raramente, queixa-se de dor e da presença de sangue na urina e no esperma. Com o passar do tempo, as células malignas atingem os linfonodos da pelve, caem na corrente sanguínea e se espalham para outros órgãos.
Por característica, apresentam grande predileção pelo tecido ósseo, onde são capazes de permanecer por muitos anos antes de passar para outros tecidos.
O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente. Por isso, pode incluir cirurgia, Prostatectomia Radical, que é a remoção da próstata, radioterapia, hormonioterapia e uso de medicamentos. A cirurgia é realizada pelo urologista, que pode acompanhar o paciente por todas as fases do tratamento e também encaminhar ao oncologista caso necessite de quimioterapia para a continuidade deste.
Para pacientes selecionados, com certa idade e com tumores de evolução lenta, o acompanhamento clínico pode ser uma opção e deve ser considerado.