Os cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, são quadros agudos, que causam dor intensa no paciente e que necessitam de tratamento imediato. “Os rins funcionam como filtros do sangue, para eliminar substâncias nocivas ao organismo, como amônia, ureia e ácido úrico”, afirma dr. Rafael Stopiglia.
Essas pequenas pedrinhas nada inocentes são formadas pelo acúmulo de certas substâncias como cálcio, ácido úrico, oxalato (um tipo de sal) ou cistina (um aminoácido dentro dos rins ou nos canais urinários.
Dentro dos rins, existem aproximadamente 1 milhão de estruturas chamadas néfrons, que tem a função de filtrar as toxinas para serem eliminadas através da urina. Quando o paciente possui predisposição ou ingere baixa quantidade de água, esses elementos não são filtrados corretamente e acabam formando as pedras!
Vamos agora, aos mitos e verdades sobre as pedras nos rins:
1)Somente água evita a formação de cálculo renal.
VERDADE. A água é responsável por promover a limpeza dos rins e das vias urinárias, “empurrando” as impurezas do organismo e tornando mais fácil a saída dessas pequenos pedrinhas, compostas, normalmente, por cálcio, ácido úrico, oxalato (um sal) ou cistina (um aminoácido). Por possuírem outros componentes como sódio e açúcar, outros líquidos não desempenham esse papel como a água, exceto o suco de limão, que também pode contribuir!
2)A cerveja ajuda na eliminação das pedras nos rins.
MITO. A cerveja, como tantas outras bebidas alcoólicas são diuréticas, e existe um hormônio protetor chamado antidiurético, que faz com que o rim não perca líquido desnecessariamente. Inibindo o antidiurético, o paciente urina mais vezes. Esse aumento do fluxo urinário pode acabar eliminando pequenos cálculo, mas obviamente não deve ser recomendada para essa finalidade. O ideal é a alta ingestão de água.
3) Pedras nos rins é genético.
DEPENDE. Claro que há pacientes que possuem uma predisposição maior a algumas doenças devido à linhagem familiar. Porém, isso não significa que a doença vai surgir por esse motivo. O risco genético pode estar somado aos hábitos e ao risco ambiental no qual a pessoa está submetida. No caso dos cálculos renais, o fator está muito mais relacionado ao estilo de vida da família, do que a genética em si. Por isso, é muito importante manter uma dieta equilibrada, com alimentos naturais e alta hidratação.