A Endometriose é uma doença ginecológica, que em casos avançados pode atingir o trato urinário, como rins, ureteres e mais comumente a bexiga. Ou seja, o endométrio, que é a camada de revestimento interno do útero feminino, surge em outros locais, tais como: cavidade abdominal, pélvica, peritônio, intestinos e bexiga, seja por menstruação retrógrada, disseminação linfática ou hematogênica de células endometriais, metaplasia celômica ou fatores genéticos e imunes.
Quando isso acontece, o endométrio que está nas paredes da bexiga não tem para onde ir e, por isso, ao contrário do que naturalmente ocorre no útero, o tecido não é eliminado na menstruação. Nesses casos, podem surgir sintomas como:

Sintomas

– Desconforto ao urinar;
– Relações sexuais dolorosas;
– Dor na região pélvica, nos rins ou na região da bexiga;
– Presença de pus ou sangue na urina;
– Vontade frequente de urinar;
– Cansaço excessivo;
– Febre recorrente abaixo de 38ºC.

Diagnóstico

Por ser uma doença rara, com ocorrência de 0,5% a 2% de todos os casos, o diagnóstico geralmente acontece quando infecções nas vias urinárias são descartadas. Nesse caso, exames de videolaparoscopia, ultrassom pélvico e ressonância magnética são realizados para encontrar o tecido endometrial nas paredes da bexiga.

Tratamento

Apesar de não existir uma cura para a doença, existem tratamentos adequados, que levam em consideração a idade, o desejo de ter filhos, a intensidade dos sintomas e a gravidade das lesões, deve ser realizado. Entre eles estão:

 – Terapia hormonal: realizada com remédios semelhantes à pílula anticoncepcional, utilizado para reduzir o endométrio na bexiga;
– Cirurgia: no procedimento mais invasivo ocorre a retirada total ou parcial da bexiga. Em alguns casos é necessário retirar um ou os dois ovários.