Quando o assunto é saúde renal, não faltam dúvidas e mitos — e uma pergunta bastante comum entre pacientes é: “Cálculos renais podem virar câncer de rim?” A resposta direta é não. Entenda mais abaixo!
Cálculos renais e câncer: qual a relação?
Os cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, não se transformam diretamente em câncer renal. Trata-se de duas condições distintas, com causas e características diferentes. As pedras se formam quando certos sais e minerais presentes na urina se concentram e cristalizam. Já o câncer de rim envolve a multiplicação descontrolada de células no tecido renal.
No entanto, isso não significa que não exista qualquer conexão. Estudos indicam que pessoas com histórico frequente de cálculos renais podem ter um risco levemente aumentado de desenvolver doenças renais crônicas, e em alguns casos, câncer de rim — especialmente quando há infecções urinárias recorrentes, inflamações crônicas ou distúrbios metabólicos associados.
Além disso, lesões repetidas no trato urinário e obstruções prolongadas causadas por cálculos podem levar a alterações no funcionamento renal, criando um ambiente mais propício a complicações a longo prazo. Por isso, o acompanhamento médico contínuo é fundamental.
Prevenção: hidratação é a chave
Uma das formas mais eficazes de prevenir cálculos renais — e cuidar da saúde dos rins como um todo — é simples e está ao alcance de todos: beber água.
Confira como a hidratação adequada contribui para a saúde renal:
- Previne a formação de pedras: A água ajuda a diluir os sais e minerais presentes na urina, dificultando a formação de cristais que originam os cálculos.
- Reduz o risco de infecções: A ingestão regular de líquidos “lava” o trato urinário, auxiliando na eliminação de bactérias e toxinas.
- Favorece o bom funcionamento renal: Rins bem hidratados filtram melhor o sangue, regulam a pressão arterial e equilibram os níveis de eletrólitos no corpo.
Quanto de água devo beber?
A recomendação geral para adultos saudáveis é consumir cerca de 2 a 2,5 litros de água por dia, mas isso pode variar conforme idade, clima, nível de atividade física e condições de saúde. Pessoas com histórico de cálculos devem seguir orientações personalizadas, de preferência com apoio de um urologista ou nefrologista.
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