Apesar de raro e com baixo índice de mortalidade quando detectado precocemente, o câncer de testículo precisa de atenção, já que normalmente não manifesta sintomas nas fases iniciais, apenas quando a doença se agrava.

De acordo com os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de câncer corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens e apresenta maior incidência entre 15 e 50 anos. Dentre os sinais mais comuns, está o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha.

De acordo com o Dr. Rafael Stopiglia, é importante verificar se existe aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, endurecimentos, dor imprecisa na parte baixa do abdômen, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos. “A consulta com o seu urologista é indispensável, já que o quadro pode ser confundido ou até mesmo mascarado”, conta o especialista.

Sinais e sintomas

Segundo o urologista, é comum o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. “É importante ficar atento a outras alterações, como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, endurecimentos, dor imprecisa na parte baixa do abdômen, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos”, conta Dr. Rafael.

Diagnóstico

Para o especialista, o diagnóstico é feito com história clínica e exame físico, os quais identificam tal aumento com endurecimento do testículo. Complementarmente, o ultrassom da bolsa escrotal traz as informações desses tumores, bem como exames laboratoriais denominados marcadores tumorais a saber: alfa feto proteína, beta gonadotrofina coriônica e desidrogenase lática. “São necessários ainda outros exames de imagem como tomografia computadorizada de tórax e abdome para se verificar a extensão da doença”, completa Dr. Rafael Stopiglia.

Tratamento

Além disso, os tumores testiculares seminomatosos podem se apresentar restritos ao testículo, localmente avançados, que podem invadir estruturas vizinhas ao órgão ou mesmo disseminados com metástases em gânglios linfáticos pélvicos, abdominais e até em órgãos distantes como pulmões, fígado e cérebro. “Quando apenas restritos ao testículo, habitualmente apenas a cirurgia para remoção do órgão, Orquiectomia Radical ou Parcial, é necessária. Essa cirurgia deve sempre ser realizada pela região inguinal, e não pelo escroto, para não alterarmos a via circulatória linfática. Porém, quanto mais avançado, outros tratamentos como radio e/ou quimioterapia podem ser necessários. Felizmente, à exceção de metástases cerebrais, que são muito raras, esse é um dos poucos cânceres que podem ser curados mesmo na forma disseminada”, finaliza.

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